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TABOCAS

Por Carlos Nascimento Taboca era seu nome, seu apelido. De pele queimada, enrugada de sol, cabelos brancos, barba rala, poucos dentes e muitos sorrisos, aquele senhor maltrapilho surgia do nada — via de regra no fim da tarde — semana sim, semana não.  Trazia pendurado nas costas um recipiente feito de latões de manteiga soldados e, dentro dele, o petisco que lhe batizava a alcunha: tabocas quentinhas e deliciosas. Para os de fora — ou que têm pouca leitura das escrituras sagradas — cabe explicar que taboca também leva o nome de biju noutras paragens do país e, assim como os biscoitos de vento, é vendida por ambulantes nas praias e sinais de trânsito do Rio de Janeiro. Pois era um corre-corre da garotada em busca das mães a catar dinheiro para comprar aquele cone torrado. Iguaria sem nenhum dos glamoures gourmets de hoje em dia, tais como bordas de chocolate, crispies, versões  diet , sem glúten ou sem lactose. Só farinha de trigo com açúcar e felicidade, e quem conseguisse ...

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